História
Cedo o Homem verificou que necessitava controlar a água para que a civilização pudesse evoluir, e este processo iniciou-se há cerca de 10.000 anos atrás com o desenvolvimento da agricultura, que exigiu a captura, o armazenamento e a distribuição da água. O Império Romano concebeu um sistema extensivo de aquedutos, constituído por onze aquedutos que serviam a cidade de Roma, projeto só suplantado no século XX. Nesta mesma Roma, arquitetos e pensadores aludiram as águas minerais como possuindo propriedades curativas. Os povos bárbaros do norte da Europa que provocaram a queda do Império Romano também consideravam as águas minerais como curativas. Os árabes também utilizavam bastante as águas minerais e termais.
Esta prática também se generalizou no território que é hoje Portugal desde a antiguidade, como são provas os inúmeros vestígios deixados pelos Romanos aquando da sua permanência nesta região, o que comprova que estas práticas, no nosso território remontam a um período anterior ao início da nacionalidade.
O primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques restabeleceu-se duma fratura numa perna que contraiu no cerco de Badajoz, nas termas de S. Pedro do Sul, D. Leonor de Lencastre, esposa de D. João II, mandou edificar um hospital balnear de umas “caldas”, no termo de Óbidos, que passaram a chamar-se Caldas da Rainha. D. João VI, aclamado no Rio de Janeiro como “D. João I do Reino Unido“ demonstrou uma dedicação especial às Caldas das Taipas, eternizada por uma lápide junto a um pequeno fontanário, tendo este rei determinado a construção do primeiro hospital termal no Brasil, no município de Santo Amaro da Imperatriz em 1818. Estes fatos, no entanto, não querem dizer que nessas épocas as termas e águas minerais e de nascente fossem muito utilizadas, pois as populações não dispunham de recursos para poderem recorrer a estes locais.
É a partir do século XVI que se inicia o processo de intensificação em Portugal e em todo o Mundo do uso das águas para fins terapêuticos e curativos, muito fruto do conhecimento empírico que existia até então. Este tipo de conhecimento existente vai, aos poucos, dando lugar ao conhecimento científico, provocando cada vez mais o conhecimento das águas minerais e de nascente. O primeiro estudo científico com significado histórico foi realizado em meados de 1726 pelo médico Francisco Fonseca Rodrigues intitulado “Aquilégio Medicinal”, no qual é feita uma inventariação das nascentes em Portugal que se destacavam pelas suas virtudes medicinais. Passados alguns anos, em 1758, um médico português residente em Londres, Jacob de Castro Sarmento, referiu-se ao interesse da composição das águas e à sua comprovada ação terapêutica.
Neste período a análise de águas marcam presença nos trabalhos e lições na Universidade de Coimbra. Uma obra famosa de Vicente Coelho Seabra por ter sido o primeiro livro escrito na nova linguagem da química, num período em que a lei de Lavoisier ainda não tinha uma aceitação generalizada, publicada em dois volumes (um em 1788 e outro em 1790), contém um capítulo dedicado às águas minerais, classificando-as com base nas substâncias dissolvidas e nos métodos analíticos recomendados.
Um fato importante no desenvolvimento do estudo das águas foi a criação da Academia de Ciências de Lisboa, por parte de D. Maria I em 1779, tendo sido esta instituição a dar uma importância muito significativa a esta temática, nomeadamente no que concerne à parte química.
Durante o século XIX, os estudos das águas vão se propagando por outras Universidades e Escolas Politécnicas, acompanhando o cada vez maior interesse demonstrado pela água.O mercado da água mineral emerge no contexto do termalismo, espelhando a consciência existente dos benefícios para a saúde e de afastar contaminações e doenças. No século XIX também se verificaram grandes progressos científicos, em que se identificam os micróbios nocivos ao organismo humano e as bactérias, influindo estes avanços na origem do sucesso da indústria do engarrafamento. A água engarrafada possuía inúmeras vantagens, pois era uma água analisada, filtrada, protegida e estudada e sofria um processo de engarrafamento junto à nascente que tinha em conta princípios higiénicos.
No nosso país, os bons resultados obtidos pelas águas termais no tratamento de vários tipos de doenças levou a que essas águas fossem comercializadas em garrafas e garrafões, entre o final do século XIX e o início XX. Verificou-se também desde essa altura uma preocupação permanente com o estado de pureza da água, existindo o cuidado em assegurar a qualidade através da utilização de máquinas próprias para lavar, encher e rolhar as garrafas e até a obrigação de utilizar roupas adequadas por parte dos funcionários com intervenção no processo.
Na década de 60 já se verificava a existência de um número significativo de empresas que se dedicavam a atividade de engarrafamento, e as suas vendas já superavam os quinze milhões de litros. Na década de 70 o setor verifica um crescimento muito significativo, pois em 1975 as vendas de água mineral e de nascente engarrafada já ultrapassava os 60 milhões de litros, o que impulsiona os investimentos nesta atividade, fazendo com se multipliquem as novas sondagens, perfurações, construção de novas instalações e surgimento de novos laboratórios. Surge também a tara perdida que se destina à exportação. Com a chegada da década de 80 surge a embalagem plástica de PVC (policarbonato de vinil) como alternativa ao vidro. O crescimento nas vendas mantém-se em conformidade com o consumo nacional, pois passou 6,4 litros por habitante em 1972 para 21,6 litros em 1982, aproximando-se desta forma do consumo médio europeu no mesmo ano, que foi de 36,9 litros por habitante.
O setor passou a ter regulamentação rigorosa e específica, quer a nível europeu, quer a nível nacional. Com a adesão de Portugal à União Europeia, esta atividade não parou de crescer até aos dias de hoje, através de investimentos que visam a evolução e inovação do setor.
Nos dias de hoje estão disponíveis no mercado os mais variadíssimos tipos de água, respondendo a todos os tipos de consumidores, desde os menos exigentes aos mais exigentes que procuram águas de excecional prestígio e qualidade, tornando o consumo deste “líquido da vida” como um momento autêntico e único.
A nossa água engarrafada A Água Mineral Natural Premium QUARTZO ®, é uma água por excelência de elevada qualidade, tornando-a uma água quase única no panorama das águas minerais em Portugual e na Europa.